Tondela voltou a prestar homenagem aos antigos combatentes. O município, em conjunto com a Associação Nacional dos Combatentes do Ultramar (ANCU), sediada no concelho, promoveu, no último sábado, 12 de abril, várias atividades para assinalar o Dia do Antigo Combatente, contando com a presença de dezenas de ex-militares do concelho e de vários pontos do país.
As comemorações iniciaram pelas 10h00, com uma romagem ao cemitério de homenagem aos ex-combatentes, seguindo-se, pelas 10h30, a deposição de coroa de flores no Monumento do Soldado Desconhecido e uma missa solene na Igreja Matriz de Tondela.
Às 12h30 decorreu uma romagem ao Monumento em Memória dos Combatentes do Ultramar, novamente com deposição de flores. Já depois do almoço convívio, no Mercado Velho de Tondela, teve lugar um momento musical pela Filarmónica Tondelense e a apresentação do documentário “50 anos de Liberdade” da autoria de Rodrigo Almeida, um aluno do 12.º ano do Agrupamento de Escolas Tomaz Ribeiro, e que dá a voz a várias mulheres, recordando como elas, longe de Lisboa, o epicentro dos acontecimentos, viveram o antes e o depois do 25 de Abril de 1974.
No encerramento das celebrações, a presidente da Câmara, Carla Antunes Borges, falou num «excelente dia». «Saímos todos daqui com o coração cheio, acho que foi um dia magnífico, começando com homenagem a quem já partiu, com a sua valorização e dignificação, um almoço convívio fantástico e da parte da tarde com um concerto excelente da Filarmónica e para fechar, com a cereja no topo do bolo, com este documentário do Rodrigo Almeida. Espero que para o ano nos voltemos a encontrar para as comemorações do Antigo Combatente», disse.
A autarca recordou que as celebrações foram instituídas há três anos pelo município com o objetivo de «promover a celebração, dignificação e valorização dos antigos combatentes, das suas famílias e aquilo que eles fizeram por nós e pela pátria».
«Somos os filhos desses antigos combatentes, somos o que somos graças a vocês e às vossas lutas, devemos e temos o dever de enquanto for possível valorizarmos o vosso trabalho, a vossa missão e dentro das nossas disponibilidades retribuirmos aquilo que fizeram por nós», acrescentou.
Estas celebrações pretendem ainda que «tudo aquilo que aconteceu na ditadura e que levou à Revolução dos Cravos não caía no esquecimento».
«Queremos lembrar que a liberdade não é uma garantia absoluta, é algo que se conquista todos os dias e que não se pode perder. Por isso, é importante deixarmos este testemunho para os mais novos e esta comemoração também serve para isso» rematou.