Porque é que existem anos bissextos?

29/02/2020 11:00

2020 é um ano bissexto e vai ter mais um dia. Mas porquê?

O que nos diz a ciência:

O ano bissexto serve para ajustar o calendário terrestre, uma vez que, um ano, além dos seus 365 dias, tem ainda mais 5 horas e 48 minutos. Ao fim de 4 anos, temos um total de cerca de 24 horas. Por isso, de 4 em 4 anos, o ano tem mais um dia. Mas não são só estes os cálculos que deve fazer. Existem 4 regras para determinar os anos bissextos:

  • de 4 em 4 anos é ano bissexto
  • de 100 em 100 anos não é ano bissexto
  • de 400 em 400 anos é ano bissexto
  • prevalecem as últimas regras sobre as primeiras.

Se este ajuste de calendário terrestre não existisse, as estações do ano iriam começar a ficar cada vez mais descompassadas, devido à falta de sincronização com o movimento de translação da Terra.

O que nos dizem as lendas:

Segundo rezam as lendas, a inveja do filho adoptivo de Júlio César é também responsável por fevereiro ter menos dias que os restantes meses. O ano bissexto de quatro em quatro anos foi implementado por Júlio César, mas nesta época, era o mês de agosto que tinha apenas 29 dias. Quando o filho adoptivo, César Augusto, subiu ao poder, este teve inveja de que o mês com o seu nome tivesse menos dias do que julho, o mês do irmão, Júlio César, optando por dar 31 dias a julho e a agosto, deixando fevereiro com 28 ou 29 dias.

Porque é que fevereiro tem apenas 28 ou 29 dias, e não 30 ou 31, o que o tornaria mais semelhante aos restantes? A chave está no Império

Superstições com o 29 de fevereiro

São vários os que assumem superstições com os anos bissextos, como por exemplo, na Grécia e na Ucrânia, onde se acredita que casar nestes anos trás má sorte. Já o cristão da Idade Média tinha medo da data, porque considerava ser um dia ligado ao diabo e passam o dia a orar.

Em alguns países regista-se a tradição de que o 29 de fevereiro é o único dia em que as mulheres podem pedir a mão dos seus mais-que-tudo em casamento. No Brasil, uma das lendas conta que Santa Brígida se queixou a São Patrício sobre o tempo que as mulheres tinham de esperar pelo pedido dos seus namorados, e este deu às mulheres o direito de pedir a mão aos homens apenas neste dia.

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