Um mês depois do apagão, a DECO recebeu mais de uma centena de reclamações acerca de danos nos eletrodomésticos e equipamentos, dificuldades graves na retoma das telecomunicação e perturbações – cancelamentos e atrasos – nos voos.
Segundo a Associação, o setor da energia continua a ser um problema para as famílias portuguesas, que se queixam, sobretudo, de faturação excessiva, com o ano 2024 a totalizar 6.258 reclamações, e o de 2025, de janeiro a abril, 2.071 queixas.
No Dia Mundial da Energia, celebrado esta quinta-feira, 29 de maio, a DECO reivindica medidas urgentes para baixar o preço da energia, incluindo o valor do IVA, para proteção dos direitos dos consumidores em novos modelos de energia, como por exemplo, comunidades de energia e adoção de políticas públicas de apoio à eficiência energética, combatendo-se a pobreza energética das famílias.
Os resultados de um inquérito realizado pela DECO através da sua plataforma de assistência e aconselhamento de energia – EVA revelam um retrato das dificuldades, prioridades e comportamentos das famílias portuguesas no que respeita ao consumo de energia.
A DECO alerta que a maioria dos consumidores está preocupada com a fatura e a sua difícil leitura. Embora as famílias manifestem o seu interesse em reduzir custos e melhorar a eficiência energética da sua casa, a linguagem complicada da fatura de energia e a desinformação e a complexidade das medidas de apoio continuam a ser barreiras à gestão eficiente do consumo. “É urgente que se invista na literacia energética dos consumidores”, reforça, em comunicado. “Por outro lado, a vulnerabilidade energética é uma realidade para muitas famílias que não aquecem a casa no inverno ou arrefecem no verão, vivendo em habitações pouco confortáveis e até pouco saudáveis”, acrescenta.
A DECO apoia os consumidores através da sua plataforma EVA. Mais informações em https://eva.deco.pt