A Unidade de Hospitalização Domiciliária da Unidade Local de Saúde Viseu Dão Lafões (UHD – ULSVDL) iniciou a sua atividade há 5 anos, no dia 15 abril 2019.
«Durante estes 5 anos, o projeto revelou-se como um enorme sucesso, atingindo um nível de aceitação e satisfação por parte de doentes e cuidadores superior aos 98%, superando por isso e em larga medida o nível de satisfação existente nos modelos convencionais de internamento», considera a ULS Viseu Dão Lafões.
«Nestes últimos 5 anos a UHD da ULSVDL internou aproximadamente 2000 doentes nas suas casas, percorreu mais de 350.000 km e retirou ao modelo convencional de internamento, aproximadamente 12.000 dias, disponibilizando vagas no modelo convencional, o que em termos de custos foi também muito significativo para o SNS», acrescentam.
De acordo com a ULS Viseu Dão Lafões, a UHD tem-se centrado «primordialmente no doente, privilegiando de uma forma muito clara e concreta, os ganhos dos doentes e das suas famílias. Tem sido um modelo que, se centra, efetivamente, no doente».
«A estratégia da UHD da ULSVDL tem passado por um crescimento progressivo, mas sustentado, mantendo o seu foco primordial na qualidade, segurança e eficiência dos cuidados prestados aos doentes das mais diferentes áreas médicas e cirúrgicas», reiteram.
O projeto iniciou-se em 2019 com uma capacidade de 6 camas, encontrando-se presentemente com uma disponibilidade de internamento domiciliário de 13 camas. Segundo a estratégia delineada, a UHD evoluiu também em termos de distância considerada segura, admitindo atualmente doentes em praticamente todos os concelhos do distrito de Viseu, desde que geograficamente se localizem a +- 35 minutos da ULSVDL.
Em 2022 a UHD estendeu a sua capacidade de internamento às ERPIS/Lares/Residências Seniores, desde que reúnam os pressupostos gerais conhecidos para admissão em UHD.
Estes indicadores têm reforçado a excelência do trabalho realizado e a sua importância no contexto atual e de futuro na saúde em Portugal, fazendo com que este modelo não seja presentemente encarado apenas como uma alternativa ao internamento convencional, mas como a melhor alternativa para iniciar ou manter cuidados de nível hospitalar aos doentes elegíveis, garantindo assistência contínua de cuidados médicos e de enfermagem no domicílio do doente durante o processo agudo de doença, apresentando claras vantagens no que diz respeito à redução de complicações inerentes aos internamentos convencionais nos hospitais e permitindo ainda uma melhor gestão das vagas hospitalares do SNS.
Recorde-se que a Hospitalização Domiciliária, enquanto modelo de prestação de cuidados no domicílio ao doente com critérios para internamento hospitalar, proporciona assistência contínua e coordenada aos cidadãos doentes que, requerendo admissão hospitalar para internamento, cumpram um conjunto de critérios clínicos, sociais e geográficos que permitam a sua hospitalização no domicílio, sob a responsabilidade dos profissionais de saúde que constituam uma Unidade de Hospitalização Domiciliária, respeitando o pressuposto de voluntariedade para o modelo, ainda legalmente instituído.