O Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde Viseu Dão Lafões apresentou na segunda-feira um Plano de Emergência para salvar a Urgência Pediátrica, que assenta num modelo de Urgência Referenciada com os seguintes pressupostos:
· Regular a utilização da Urgência Pediátrica, onde 75% dos inscritos recorrem por autorreferenciação sem qualquer contacto com o SNS 24, INEM ou médico de família e 60% dos casos são classificados como não-urgentes (triagem de Manchester Verde e Azul)
· Promover o envolvimento da sociedade na criação de soluções, baseadas no respeito pelos circuitos de acesso e enformadas por literacia em saúde, respeitando a triagem SNS 24 e a linha de emergência 112
· Fomentar a capacidade de resposta em rede da ULSVDL, encaminhando as situações menos graves para cuidados em proximidade ao nível dos Cuidados de Saúde Primários dentro dos horários normais de funcionamento das unidades funcionais
· Ampliar essa capacidade de resposta até às 23h e aos sábados e domingos, orientando os doentes referenciadas pelo SNS 24 menos graves para o SUB de Tondela, o SUB de São Pedro do Sul e um novo ponto de reforço ao atendimento na cidade de Viseu
· Preservar a capacidade de resposta da Urgência Pediátrica para todas as situações referenciadas, mais urgentes ou emergentes, onde se concentra a capacidade técnica mais diferenciada de uma equipa multiprofissional com pediatras
· Manter a capacidade de apoio em Neonatologia para o regular funcionamento do Bloco de Partos
A implementação deste plano carece de consensualização com as equipas de MGF e de Pediatria e de um tempo de operacionalização que envolve as estruturas administrativas dos SPMS do Ministério da Saúde e uma campanha de comunicação.
A ULS Viseu Dão Lafões tem «esperança que este novo modelo de Urgência Referenciada possa vir a normalizar o funcionamento da Urgência Pediátrica fornecendo cuidados urgentes apenas a quem deles necessita», mas realça que essa solução «não será imediata pelo que se manterão condicionamentos no mês de junho».