2.560 acidentes, de que resultaram nove vítimas mortais, 34 feridos graves e 715 feridos leves foi o balanço da campanha de Segurança Rodoviária “Ao volante, o telemóvel pode esperar”, da responsabilidade da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), da Guarda Nacional Republicana (GNR) e da Polícia de Segurança Pública (PSP), que decorreu entre os dias 14 e 20 de janeiro e teve como objetivo alertar os condutores para as consequências negativas e mesmo fatais do uso indevido do telemóvel durante a condução.
Relativamente ao período homólogo de 2024, verificaram-se menos 198 acidentes, mais três vítimas mortais, menos nove feridos graves e menos 23 feridos leves. As nove vítimas mortais, sete do género masculino e duas do género feminino, tinham idades compreendidas entre os 18 e os 66 anos. Os acidentes com vítimas mortais ocorreram nos distritos de Aveiro (1), Beja (1), Braga (2), Bragança (1), Coimbra (2), Évora (1) e Porto (1). Estes acidentes consistiram em quatro colisões (que envolveram três veículos ligeiros, dois veículos pesados, dois motociclos e um velocípede), três despistes (que envolveram um veículo ligeiro, um motociclo e um velocípede) e dois atropelamentos (que envolveram dois veículos ligeiros). Os acidentes acima descritos ocorreram em seis arruamentos, uma autoestrada, uma estrada regional e um em outra via.
Inserida no Plano Nacional de Fiscalização (PNF) de 2025, a campanha foi divulgada nos meios digitais e através de cinco ações de sensibilização da ANSR, realizadas em simultâneo com as operações de fiscalização levadas a cabo pela GNR e pela PSP, na Batalha, Braga (duas ações), Leiria e no Seixal. Idênticas ações ocorreram nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira.
Na campanha “Ao volante, o telemóvel pode esperar” foram sensibilizados 446 condutores e passageiros, a quem foram transmitidas as seguintes mensagens:
- Os condutores que utilizam o telemóvel durante a condução são mais lentos a reconhecer e a reagir a perigos;
- A distração ocorre quando duas tarefas mentais, conduzir e utilizar o telemóvel, são executadas ao mesmo tempo, o que provoca lapsos de atenção e erros de avaliação;
- O uso de aparelhos eletrónicos durante a condução causa dificuldade na interpretação da sinalização e desrespeito pelas regras de cedência de passagem, designadamente em relação aos peões.
Foram ainda fiscalizados em controlo de velocidade por radar 4,8 milhões de veículos, 4,3 milhões dos quais pelo SINCRO – Sistema Nacional de Controlo de Velocidade, da responsabilidade da ANSR. Em termos de fiscalização presencial, as Forças de Segurança procederam à fiscalização de 70,9 mil veículos. Do total de 4,9 milhões de veículos fiscalizados durante a campanha, registaram-se 28,0 mil infrações. Das 954 infrações relativas ao uso indevido do telemóvel durante a condução, 937 registaram-se no Continente e 17 nas Regiões Autónomas, tendo sido 707 detetadas pela GNR e 247 pela PSP.
Esta foi a primeira das 11 campanhas de sensibilização e de fiscalização planeadas no âmbito do PNF de 2025. Até ao final do ano serão realizadas mais dez campanhas, uma por mês, com ações de sensibilização e de fiscalização.
As campanhas inseridas nos planos nacionais de fiscalização são realizadas pela ANSR, GNR e PSP, desde 2020, com temáticas definidas com base nas recomendações europeias estabelecidas para cada um dos anos. O PNF de 2024 consagrou como prioritários os temas Velocidade, Álcool, Acessórios de segurança, Telemóvel e veículos de duas rodas a motor. À semelhança de 2024, serão realizadas durante este ano campanhas de sensibilização e de fiscalização com as mesmas temáticas.