Desfile Nacional do Traje Popular Português acontece em Viseu a 21 de setembro

23/08/2024 09:13

A Cidade-Jardim será palco, no próximo mês de setembro, dia 21, feriado municipal, da 27.ª edição do Desfile Nacional do Traje Popular Português. O evento acontece no Campo de Viriato, com início pelas 21 horas, e a entrada é gratuita.

O evento anual, de relevância cultural e social no país, tem a sua realização garantida no concelho através de um Acordo de Cooperação entre o Município de Viseu e a Federação do Folclore Português, celebrado esta quarta-feira no Salão Nobre dos Paços do Concelho, pelo presidente da Câmara Municipal, Fernando Ruas, e o presidente da Federação, Daniel Café. O acordo traduz-se num apoio financeiro e não financeiro de 57 mil euros.

A iniciativa irá integrar o programa da Feira Franca em Viseu e reunirá na cidade mais de mil participantes de todas as regiões de Portugal Continental e da região autónoma da Madeira, os quais, no Campo de Viriato, irão apresentar os jeitos e preceitos do trajar d’antanho, exibindo as diferenças regionais e a multiplicidade de cores e texturas que constituem o Traje Popular Português. Através da valorização do traje, o desfile constitui um importante contributo para a preservação da memória coletiva, perpetuando conhecimentos e técnicas artesanais ancestrais.

Um dos objetivos centrais do evento, na presente edição, assenta na valorização do traje popular português, com especial enfoque na realidade cultural e identitária do território de Viseu, integrado na região da Beira Alta, Viseu Dão Lafões e Terras do Demo.

«O Desfile Nacional do Traje Português, apesar de ter uma componente musical que acompanha todo o evento, pretende evidenciar o trajar, num desfile pela passerelle onde os vários pormenores podem ser vistos e apreciados, os quais serão também abordados pelos nossos apresentadores», avançou o presidente da Federação do Folclore Português. «É de facto um grande evento, que visa não só enaltecer o território e aquilo que este tem de melhor, no âmbito musical e do trajar, mas que dá também visibilidade dessa realidade a todos aqueles que vierem assistir e visitar», destacou.

Daniel Café reconheceu ainda o importante trabalho dos grupos de folclore, que vai muito para lá do espetáculo musical, sendo estes verdadeiros promotores da investigação, salvaguarda e valorização da cultura popular portuguesa. «Muitas das peças de indumentária que vão desfilar na passerelle são peças originais, muitas delas com mais de cem anos e que normalmente saem dos museus e vão para o palco neste dia especial. São os tais pormenores que muitas vezes não conseguimos ver num espetáculo de folclore, mas que é possível transpor para um palco num desfile como este», sublinhou.

«Para mim, este é o evento de eleição do nosso movimento associativo. É o maior evento de âmbito etnográfico do nosso movimento a nível nacional e, depois, aquele que dignifica não só o território, mas também os grupos que participam neste grande espetáculo, através da mostra do resultado que é a sua investigação, a sua pesquisa e a forma como este têm de poder transpor essa informação para cima do palco», concluiu o presidente da Federação do Folclore Português. 

«Esta assinatura cumpre exatamente aquilo que são os nossos propósitos. Eu gosto muito de pensar global e agir localmente. Interessa-nos muito mais conhecer e assistir a desfiles que são nossos e que nos permitem conhecer a nossa realidade», afirmou o presidente da Câmara Municipal de Viseu. «Eu acho espantoso esta história dos trajes, pois diz muito da nossa história e vivência coletiva, pelo que fico muito feliz com a realização deste evento em Viseu. Aliás, não tivemos nenhuma dúvida em optar por ele» avançou o autarca.

“Creio que este será um momento grandioso, incluído na nossa Feira Franca, que também tem uma relação duradoura com o nosso folclore. Este evento cumpre ainda com o desiderato da Câmara em divulgar a nossa cidade e concelho e estou certo que as pessoas ligadas ao folclore são os embaixadores certos para tal missão, pois compreendem bem as raízes populares, a essência do povo e da comunidade», conclui Fernando Ruas.

Comentários

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *