O laboratório de criação teatral de Viseu – CRETA – apresentou a sua agenda de espetáculos para o ano 2021. Um programa diverso, que incluirá também algumas iniciativas online.
Segundo Guilherme Gomes, coordenador do projeto, em 2020 a transição para os mecanismos digitais trouxe uma público maior e mais diverso.
Destaque na programação para o “Clube de Leitura”, que acontecerá na Incubadora do Centro Histórico e também via Zoom. De abril a dezembro será possível ouvir nove peças diferentes, que foram escolhidas e selecionadas por Gi Conceição.
“O princípio de um espetáculo” é um conjunto de conversas entre fazedores de teatro nas mais diversas áreas, desde a programação até à encenação.
A iniciativa “Lugar de onde se ouve” é um desafio à imaginação. Os dramaturgos Alex Cassal, Keli Freitas, Inês Barahona e Rui Pina Coelho foram convidados, para este ano, a visitarem alguns locais da cidade de Viseu e criarem as suas histórias. Estas estarão depois disponível em podcast.
Em “Exercícios de Escuta”, o Passeio dos Cónegos, na Sé de Viseu foi o local escolhido, para ao final da tarde escutar os sons da cidade, e ouvir André Albuquerque, Graeme Pulleyn e Sónia Barbosa lerem as obras de Peter Handke, Roland Barthes e Fernando Pessoa.
Numa parceira com os cinemas NOS será possível ver três filmes sobre teatro. A 11 de maio “Hamlet: a monologue” de Robert Wilson (1995); a 6 de julho “UTOPIA.doc” de Christiane Jatahy (2013) e a 28 de setembro “E Não Se Pode Exterminá-lo?” de Solveig Nordlund e Jorge Silva Melo (1979).
De realçar ainda, o laboratório de dramaturgia, onde algumas peças serão gravadas no formato leitura encenada, e difundidas na plataforma RTP Palco.
É possível assistir aos ensaios abertos das peças os “Mochos no Telhado de Kamarád” e ainda “ArDemente” de IGNIS”; ouvir os podcasts “Quase invisível” de Ana Bento, que vai procurar histórias de espectadores para criar discurso sobre o impacto que o teatro tem na vida das pessoas; e ainda uma atividade e um espetáculo direcionado à família, com o tema “País das Canções de Embalar”, uma performance musico-teatral em torno dos conflitos que estão na origem do processo de criação de identidade.
De destacar que, “todos os horários e dias podem ser alterados, consoante a evolução da pandemia”, esclarece Guilherme Gomes.
Na apresentação do programa marcou presença a vice-presidente da Câmara Municipal de Viseu, Conceição Azevedo, que realçou a importância da cultura na cidade e que esta “não parou em Viseu, fomos reinventando”.
Para Conceição Azevedo, a programação apresentada servirá para “ajudar a cimentar Viseu como uma cidade da cultura. Estamos muito orgulhosos deste projeto, que desde a sua criação tem vindo a crescer e a consolidar-se”, concluiu.
Este projeto é apoiado pelo município local, e é financiado pelo Viseu Cultura com um apoio de 50 mil euros e ainda em 12 mil euros, não financeiros.