Que tipo de jovens estamos afinal a preparar para o futuro?
Na minha qualidade de encenador que trabalha muito de perto com as novas gerações, tenho sempre muito presente a necessidade de uma comunicação baseada na honestidade e frontalidade pois acredito que a educação e os eventos artísticos a que me proponho e lhes proponho, são dois pilares fundamentais para promover a compreensão mútua, a tolerância e a apreciação da diversidade cultural.
Nesta plena era digital em que vivemos, a arte desempenha, em meu entender, um papel cada vez mais vital na vida dos jovens. Com acesso instantâneo a uma infinidade de formas de expressão artística, desde música, filmes, redes sociais e jogos eletrónicos, os jovens estão constantemente imersos num oceano de criatividade.
Na Contracanto, frequentemente constato que para eles, o Teatro não é apenas uma forma de entretenimento, mas também uma ferramenta para explorar identidades, questionar o “status quo” e a própria ligação com os outros e consequentemente com o mundo, capacitando-os a encontrar as suas vozes num mundo cada vez mais complexo e diversificado.
Eis uma das razões porque continuo a amar a minha profissão que (acredito) continua a desempenhar um papel essencial na vida das novas gerações, capacitando-os a explorar, criar e moldar o futuro de maneiras inovadoras e significativas.
Viva o Teatro!
