Os investimentos que a Volkswagen continua a realizar na Autoeuropa continuam a passar despercebidos em Portugal.
Um dos últimos investimentos, do investimento anunciado, em 2021, no valor total de 500.000 milhões de euros, aproxima-se da sua fase final.
As obras da nova linha de produção, designada Press Extra Large, terminam em fevereiro de 2025 e vão incrementar a capacidade de produção da Autoeuropa, nomeadamente na área das prensas, uma das mais importantes da fábrica.
É nesta divisão da fábrica que são produzidas as peças com destino não só aos modelos produzidos em Palmela, mas também em outras fábricas do grupo.
Apesar das notícias relativas ao Grupo Volkswagen não serem as mais favoráveis, com previsão de encerramento de fábricas e redução de postos de trabalho em Portugal, a marca continua a investir.
Thomas Hegel Gunther, diretor geral da Autoeuropa admite que a fábrica de Palmela “é uma das mais produtivas dentro da marca” e que o objetivo é aumentar a produção e a eficiência sem “reduzir os postos de trabalho” ao mesmo tempo que “prepara o futuro” desta unidade.
A razão porque a Volkswagen investe na Autoeuropa também continua a passar despercebida.
Como o diretor geral da Autoeuropa admitiu, a fábrica portuguesa é uma das mais produtivas da marca.
A razão do investimento da marca alemã em Portugal é esta: Produtividade.
Os trabalhadores portugueses quando bem geridos e motivados são tão ou mais produtivos que os seus colegas europeus e mundiais.
Ainda assim Portugal continua a ser uma das economias com os mais baixos índices de produtividade a nível mundial.
A produtividade é o principal problema da economia portuguesa, com reflexos na competitividade das empresas nacionais no mercado global.
Este sim, deveria ser uma das principais preocupações e motivos de reflexão da sociedade portuguesa.
Fonte: Razão Automóvel
Pedro Silva