É essencial que quem ocupa cargos de decisão em políticas culturais tenha um entendimento profundo da importância da Cultura como ferramenta de transformação social, desenvolvimento económico e preservação da identidade coletiva. Em meu entender a Cultura deve ser tratada como um eixo fundamental no desenvolvimento local e regional, não como um complemento ou luxo. A sensibilidade cultural deve compreender as necessidades e especificidades culturais do território que se pretende servir e valorizar tanto as tradições locais como as expressões culturais contemporâneas. Mas a capacidade de gestão não pode estar alheada da realidade pois necessita saber criar e gerir programas culturais que beneficiem a comunidade a curto e longo prazo atraindo recursos e parcerias para viabilizar projetos culturais sustentáveis com urgente interesse pelo desenvolvimento humano com políticas culturais eficazes centradas nas pessoas, promovendo inclusão, diversidade e coesão social, comprometendo-se eticamente, dando prioridade à valorização da Cultura, acima dos interesses pessoais ou corporativos. Exige tempo e não se compadece com faltas de visão estratégica.
A gestão cultural exige mais do que eventos pontuais ou momentos de entretenimento: é necessário planeamento, investimento em formação e um diálogo contínuo com artistas, instituições e o público.
A solução, será a de promover líderes com perfil e genuíno interesse pela Cultura. Cabe à sociedade civil e aos agentes culturais exigir essa responsabilidade.
