O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê, para os próximos três dias, aguaceiros, por vezes fortes, de granizo e acompanhados de trovoada, em especial no Centro e Sul, e com maior potencial de severidade no Baixo Alentejo e Algarve. O vento irá predominar do quadrante leste mais intenso na faixa costeira a sul do cabo Carvoeiro e nas terras altas do Centro e Sul, havendo, ainda, possibilidade de ocorrência de fenómenos extremos de vento.
Face às condições meteorológicas previstas, é expectável a ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento; e a ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras.
A instabilidade de vertentes, poderá igualmente conduzir a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, fenómeno que pode ser potenciado pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo. Risco, ainda, para a contaminação de fontes de água potável por inertes resultantes de incêndios rurais; arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos; e desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a adoção das principais medidas preventivas para estas situações, nomeadamente:
– Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
– Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
– Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias;
– Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
– Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.