Adiada a 16 de setembro, devido à vaga de incêndios florestais que assolou a região, decorreu, no último sábado, 9 de novembro, a sessão solene dos 101 anos da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Tondela.
Nos discursos, a presidente da Câmara Municipal enalteceu o trabalho que os bombeiros de Tondela dão de si todos os dias em prol dos outros e saudou a união existente entre a direção e o corpo ativo desta associação humanitária.
«Os bombeiros podem precisar do município, mas seguramente que o município e todos nós precisamos muito mais», defendeu Carla Antunes Borges, salientando que é por essa razão que a autarquia apoia anualmente os bombeiros tondelenses com mais de 100 mil euros e que concede benefícios sociais aos seus soldados da paz. “Não fazemos mais do que a nossa obrigação. Quem precisa somos todos nós”, declarou a autarca.
O presidente da associação humanitária disse que os problemas enfrentados pelas corporações voluntárias se agudizaram nos últimos anos e queixou-se do escasso financiamento. Ainda assim, e apesar dos prejuízos constantes, António Mano defendeu que, quando o sistema colapsa, os bombeiros são «o verdadeiro pilar da proteção civil», como ficou provado na recente greve às horas extraordinárias dos trabalhadores do INEM. O dirigente anunciou ainda a compra, este ano, de veículos e equipamento de proteção individual, no valor de mais de 270 mil euros, um investimento que contou com o apoio, entre outras instituições, da Câmara Municipal de Tondela.
Já o comandante do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil de Viseu Dão Lafões agradeceu a dedicação da corporação tondelense e dos seus operacionais ao servirem a comunidade local e regional. Miguel Ângelo David enalteceu ainda o gesto da associação humanitária, que além de ter adiado, a 16 de setembro, a sessão solene do seu 101º aniversário para ajudar no combate aos fogos, doou a alimentação da festa aos corpos de bombeiros que lutavam contra as chamas nos concelhos vizinhos.