Paróquias do distrito de Viseu acolhem jovens da Missão País

31/01/2025 11:22

O projeto católico de universitários, Missão País, que tem como objetivo levar Jesus às universidades e evangelizar Portugal através do testemunho da fé, do serviço e da caridade, vão estar na Diocese de Viseu, concretamente nas paróquias de Campo de Besteiros (Tondela), de Nelas, de Fornos de Algodres e Mangualde.

Os estudantes de diversas universidades portuguesas vão marcar presença nas várias paróquias, sendo que de 1 a 8 de fevereiro, os estudantes da Universidade de Aveiro vão estar em missão na Paróquia de Campo de Besteiros; de 2 a 9 de fevereiro, os da Faculdade de Economia do Porto vão estar na Paróquia de Nelas e os da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra vão estar na Paróquia de Fornos de Algodres; e de 15 a 22 de fevereiro, os estudantes da Faculdade de Direito da Universidade do Porto regressam à Paróquia de Mangualde. O programa será semelhante em todas as missões, havendo sempre uma peça de teatro preparada com a comunidade e vigílias de oração. 

Compostos por cerca de meia centena de jovens, os grupos vão interagir com a comunidade, nas várias valências em instituições locais, com ações de voluntariado, e também numa vertente mais religiosa, sempre com consonância com o pároco local. «O centro da nossa missão é, claro está, a celebração da fé, por isso, temos momentos fundamentais religiosos, dois deles mais privados (oração da manhã e da noite) e outros momentos, como o terço e a celebração da missa, diariamente, com a comunidade paroquial», explicou o Frei José Silva, assistente espiritual da Missão País da Faculdade de Economia do Porto, que vai estar em missão na paróquia de Nelas. 

A Missão País nasceu da vontade de um grupo de jovens universitários de Lisboa que, em 2003, findos os exames do semestre, decidiram que não fazia sentido aquela semana de férias. Então, juntando-se, decidiram dar a conhecer Cristo por Portugal fora durante essa semana. Assim, tendo como exemplo Nossa Senhora, partiram das suas faculdades e dos seus lugares habituais e escolheram uma localidade para aí evangelizarem. Ao longo destes 22 anos, vários jovens universitários vão de terra em terra para darem a conhecer a Cristo, com a proteção de Nossa Senhora. 

«Por exemplo, a nível individual, muitos missionários levam um amor e um carinho especial para se dedicarem no dia a dia a atividades que, devido às rotinas, muitas vezes não dão a devida atenção. Um exemplo prático: têm uma avó ou avô mais doente ou só e, depois da missão, passam a o ir visitar e ajudar com mais frequência. A nível comunitário, acho que se deixa uma alegria no ar. O nosso objetivo não é mudar as estruturas das vivências daquelas pessoas, mas dar um pouco de alegria, de carinho, de amor e conversar. O que, muitas vezes, já é suficiente para dar um colorido especial a quem, como sabemos, às vezes vive na solidão. Por isso, acho que deixamos um pouco desta alegria nos habitantes e isso vai-se vendo depois, com os frutos e sobretudo com o carinho com que sempre somos recebidos.», realçou o Frei José Silva.

Estes jovens apresentam-se sempre como missionários e têm quatro símbolos: a Cruz do Missionário (que levam diariamente ao peito), a Mãe Peregrina (devoção de Schoenstatt), o Cristo do Sorriso (ícone antigo) e o terço do missionário (que geralmente acompanha a Mãe Peregrina). «Ser missionário é diferente de desenvolver um voluntariado, porque o desejo último do missionário é dar a conhecer o rosto de Cristo e não apenas fazer uma boa ação. Em três anos, os missionários são convidados a tocar corações e a deixar que seja Cristo a falar neles», concluiu o Frei José Silva. 

Comentários

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *