“Aqua Femina: O Fluxo da Vida Rural Feminina” é o mote de uma exposição promovida pela Binaural Nodar, que alia etnografia e arte contemporânea e coloca a mulher do mundo rural, especialmente do concelho de Vouzela, em lugar de destaque.
Fotografias, elementos audiovisuais e objectos que marcam o quotidiano feminino integram o espólio da mostra, inaugurada no passado 15 de Outubro, em que se assinalava o Dia Internacional das Mulheres Rurais.
A inauguração contou com a presença da Ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes; do Presidente da Câmara de Vouzela, Carlos Oliveira; e do coordenador da Binaural Nodar, Luís Costa.
«Pretendeu-se criar uma experiência em que os visitantes pudessem relacionar-se com a cosmovisão do que era ser mulher no contexto rural, refletindo a diversidade do que constitui esta matriz e acompanhando a vida desde o nascimento, batismo, casamento e a vida de trabalho. No fundo, do que é ser mulher», explica Luís Costa.
Neste trabalho, o responsável realça que o elemento água, que tem acompanhado a atividade desenvolvida pela Binaural desde o ano passado, volta a estar em relevo, mas com outro sentido: «Há quase uma associação que, simbolicamente, pode ser estabelecida entre água e mulher: água como passagem do tempo, da vida que corre; água do batismo, na vida agrícola, na rega dos campos, nos moinhos, no líquido amniótico», explica.
Luís Costa mostrou ainda a sua satisfação pela presença de Margarida Balseiro Lopes. A governante, em jeito de homenagem, fez questão de evocar diversas mulheres do mundo rural que marcaram o seu percurso, que tem raízes em Lafões.
A mostra está patente, até 7 de novembro, no espaço Lafões Cult Lab, em Vouzela.