O Cineteatro Municipal de Sátão abriu portas, em noite de feriado, 1 de maio, para o primeiro concerto da Banda Filarmónica de Sátão – AUPA (Associação Unidos Pela Arte) – criada oficialmente há dois anos, a 4 de abril.
Liderados por Maria dos Anjos Rodrigues, em palco estiveram cerca de 35 elementos, que, ao longo de uma hora, deram corpo a um repertório variado. No final, já nos bastidores, o regozijo da maestrina era evidente. “Estou muito orgulhosa do trabalho que eles fizeram. São excelentes. É para continuar assim.»
Poucos dias após uma atuação numa eucaristia presidida pelo pároco José Cardoso e com uma agenda já com diversas marcações, a dirigente sublinhou a diversidade da banda a nível musical. «Temos um repertório dedicado às missas, temos as músicas da arruada e as de concerto, que são diferentes. Embora, hoje, tenhamos tocado algumas músicas também da arruada, porque vimos que o público estava a aderir muito bem. Geralmente é o que o público gosta. Identificam-se mais com essas músicas.»
O ambiente acolhedor e entusiástico também deixou Dominique Rey, presidente da banda, «quase sem palavras». «Correu muito bem. Foi espantoso. Gostei imenso. Portaram-se todos bem, menos eu (risos).»
«Sempre queremos fazer mais, mas eu estou muito mais do que contente. Atingimos os objetivos que ainda não estávamos à espera de atingir, ou seja, estamos no bom caminho, no caminho certo para ir ainda mais acima, atingir outros patamares. Em dois anos fizemos um caminho impressionante, com um pessoal muito impressionante», acrescenta, numa espécie de balanço.
Antes do encore final, o palco foi ocupado pelo recente nomeado “padrinho” da banda, Alexandre Vaz, que, com parabéns reiterados, falou de um primeiro concerto «muito bom». «Os partos às vezes são difíceis e a continuação, depois, da criação, também não é fácil e vocês abraçaram isto», destacou o presidente do Município de Sátão e antigo médico, relembrando uma outra banda no concelho já extinta.
Salientando as atuações da AUPA na Feira do Míscaro e na Bolsa de Turismo de Lisboa, e referindo-se à «paixão» subjacente ao grupo, o edil deixou ainda um “folar” de 500 euros. «Na bênção (dos instrumentos) que fizeram, na Igreja de Santa Maria, a Maria do Anjos dizia: “Já quando era mais nova, eu, pensava sempre – em Penalva do Castelo há uma banda e nós aqui não temos nenhuma – e, portanto, é essa a paixão. Quando temos gosto em fazer as coisas, quando temos paixão, quando temos amor por elas, a obra nasce, e foi o que aqui aconteceu. E eu quero-lhe dizer que, como autarca, sinto-me orgulhoso em ter, neste momento, uma banda no concelho que eu dirijo e uma banda com pessoas mais idosas, pessoas menos idosas e com jovens, o que nos leva a crer que tem futuro».
Com formação musical integrada e gratuita, a Banda Filarmónica AUPA acolhe, sem restrições, novos elementos. Os ensaios decorrem às quintas e sextas-feiras, no Salão Paroquial de Sátão. Mais informações podem ser obtidas através do contacto telefónico 963 473 765 ou do email aupa3560@gmail.com .