A Volkswagen Autoeuropa, localizada em Palmela, foi escolhida pelo Grupo Volkswagen para produzir o futuro ID.1, o 100% elétrico de entrada da marca alemã que vai chegar ao mercado em 2027.
Depois dos receios dos últimos meses com a possibilidade de fecho, esta é uma excelente notícia para a fábrica e para o nosso país, especialmente a nível económico. A Autoeuropa é responsável por 1,4% do PIB (Produto Interno Português) e emprega mais de 4800 pessoas.
A Autoeuropa passará a produzir tanto automóveis a combustão como elétricos, consolidando-se como uma peça-chave na estratégia de eletrificação da Volkswagen, assegurando um novo ciclo de investimento e emprego.
Os motivos da escolha da Autoeuropa para produzir o seu elétrico mais acessível foram vários.
A proximidade com o cluster espanhol de produção de baterias terá sido um deles.
Outro motivo e seguramente um dos principais, foi que a unidade de Palmela tem se destacado no seio da Volkswagen pela sua capacidade produtiva e de eficiência.
A Autoeuropa é uma unidade industrial bem dirigida, com trabalhadores de excelência, motivados e eficientes.
A Autoeuropa é o reflexo da mão de obra e da força de trabalho nacional, que quando bem dirigida e com as condições técnicas e remuneratórias adequadas é das melhores do mundo.
Razões para a falta de produtividade e eficiência da mão de obra nacional são várias.
A qualidade da maioria dos gestores nacionais, o tecido empresarial português composto em cerca de 90% por pequenas e médias empresas, o Estado, com a elevada carga fiscal sobre as empresas, que impede o investimento e a modernização, e o sistema de ensino, que não fomenta e o empreendedorismo e o risco.
Do lado dos trabalhadores, a falta de formação adequada ea apatia resultante da excessiva dependência do Estado da sociedade portuguesa, em que se fomenta a resignação, o comodismo, a falta de iniciativa e desresponsabilização.
Mentalidade nacional: Por pior que tudo corra, vai estar sempre o Estado para resolver os problemas.
Fonte: Razão Automóvel