Foi em março de 2013 que o Papa Francisco deu início ao seu pontificado, com a responsabilidade de representar e liderar a Igreja Católica, sucedendo ao Papa Bento XVI. Após a morte do Papa João Paulo II, um líder espiritual que marcou gerações pela sua capacidade de mobilização em prol do bem, o Mundo ansiava por um líder com características muito semelhantes, com uma comunicação de proximidade e capaz de fazer refletir as pessoas sobre a importância da Paz e da prática do bem comum. Sem retirar o devido mérito ao Papa Bento XVI, que na minha opinião teve um papel preponderante na decisão do seu sucessor e a difícil missão de preparar a Igreja para a mudança que advinha, eis que surge o Papa Francisco com um perfil e uma personalidade inigualáveis, com um estilo de liderança assertivo e humilde, com uma contagiante boa disposição, com constantes profecias capazes de fazer refletir todos, nomeadamente o poder político e os representantes da Igreja Católica. Foi um verdadeiro mensageiro das boas práticas que rapidamente conquistou o coração de milhões de pessoas e ganhou o respeito daqueles que não seguem as mesmas crenças.
Ao longo dos doze anos, olhou para dentro, assumiu as adversidades e os erros da Igreja, transmitiu o seu desagrado e a vergonha alheia por muitas ações dos Padres, nomeadamente nos escândalos da pedofilia, “transformou” a mentalidade de muitos crentes sobre a importância de existir uma Igreja mais aberta a todos. “E, quando não houver, por favor façamos com que haja”, assim o referiu por diversas vezes.
Visitou vários países e comunidades, mantendo sempre a sua simplicidade genuína e de proximidade aos mais vulneráveis. Arriscou muitas vezes a sua vida, passando as fronteiras e barreiras da discórdia, mas com o objetivo de criar laços de união e paz, independentemente dos diferentes pontos de vista.
Abraçava e dava a mão a muitos que o solicitaram, sem medo de quebrar protocolos, mas certamente com o desejo de promover a esperança numa sociedade mais justa e feliz, com respeito pelas diferenças, sem egoísmos e as guerras macabras que aterrorizam e matam os inocentes.As duas visitas a Portugal ficam marcadas pelo carinho e admiração ao Santuário de Fátima, estando presente em 2017 na comemoração do centenário das aparições, voltando em 2023 aquando da participação nas Jornadas Mundiais da Juventude, realizadas em Lisboa. Este último evento mobilizou milhões de jovens, unidos na fé e na oração, com mensagens que vão perdurar na vida, tais como: “substitui os medos pelos sonhos, não sejais administradores de medos, mas empreendedores de sonhos” ou ” o único momento em que é lícito olhar uma pessoa de cima para baixo: quando queremos ajudá-la a levantar”, terminando com a célebre frase ” uma Igreja para todos, todos, todos”.
Partiu um grande Homem, um exemplo para a humanidade. Fica o legado eterno das suas ações e profecias sobre o bem estar e fazer por nós e pelos outros, nesta sua bonita caminhada na vida terrestre.Somos gratos ao Papa Francisco pelos seus ensinamentos. Obrigado.
