ARTIGO DE OPINIÃO: A carga fiscal em Portugal: novo recorde!

16/04/2023 20:08

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou esta quinta-feira, os dados relativos aos
impostos arrecadados pelo Estado em 2022.

Da análise aos dados divulgados, a carga fiscal em Portugal voltou a bater um novo recorde,
atingindo 36,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022. Este novo máximo, representa uma
subida de 14,9% face a 2021, provocada pelo fenómeno da inflação e pelo “crescimento do
emprego remunerado, as atualizações salariais e a subida do salário mínimo”. É o maior
aumento da carga fiscal desde 2013.

O Estado arrecadou 87,1 mil milhões de euros em 2022, representando assim 36,4% do PIB.
Este número representa uma subida em 11,3 mil milhões de euros. A carga fiscal em 2021
representou 35,3% do PIB, ano em que também já se tinha atingido um recorde.
Para melhor compreendermos o que estes valores representam, por cada 100 euros de
riqueza produzida em Portugal 36,4 euros vão diretamente para as mãos do estado.
De uma forma ainda mais direta e simplista, um cidadão ou empresa que tenha um
rendimento de 100 euros em Portugal, vai ficar sem 36,4 euros, que vai ter de entregar ao
estado.

Impostos elevados são sinónimo de baixo desenvolvimento e crescimento económicos.
Sobrecarregam as empresas e principalmente os trabalhadores que vêm o seu rendimento
disponível no final de cada mês diminuir, e o salário que auferem não aumentar. A elevada
carga fiscal incidente sobre os rendimentos do trabalho sobrecarrega os encargos que as
entidades empregadoras suportam relativos aos salários que pagam aos seus trabalhadores.
Para reforçar esta ideia, em Portugal as empresas pagam em média 40% de impostos sobre os
vencimentos que pagam aos seus funcionários.

Se os impostos e contribuições sobre as remunerações baixassem, isso iria refletir-se no
aumento do salário de cada trabalhador.

Uma das razões, senão a principal, para continuarmos em Portugal com salários baixos e
miseráveis!

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