A pandemia do Coronavírus trouxe consigo uma recessão económica.
A totalidade dos países à escala global sofreu um forte abrandamento e arrefecimento económico.
Após o choque inicial do ano de 2020, em 2021 as economias mundiais começaram a recuperar. As populações retomaram gradualmente e dentro das possibilidades, os seus hábitos e consumos da era pré-COVID.
A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) revelou recentemente os dados relativos ao crescimento económico dos 38 países membros, no período de 2019 a 2021.
Irlanda: +21,9% | Turquia: +11,0% | Estónia: +6,7% | Chile: +5,3% |
Lituânia: +5,0% | Luxemburgo: +4,6% | Israel: +4,1% | N. Zelândia: +3,5% |
Noruega: +3,4% | Coreia Sul: +3,1% | Polónia: +2,6% | Colômbia: +2,1% |
EUA: +2,0% | Dinamarca: +1,8% | Hungria: +1,7% | Eslovénia: +1,4% |
Austrália: +1,3% | Suécia: +1,3% | Costa Rica: +0,7% | Finlândia: +0,6% |
Letónia: +0,5% | Países Baixos: +0,4% | Suíça: +0,3% | OCDE: +0,3% |
Bélgica: +0,3% | Canadá: -0,8% | Eslováquia: -1,3% | França: -1,7% |
Islândia: -1,8% | Alemanha: -2,2% | Japão: -2,8% | México: -2,9% |
Grécia: -3,0% | Áustria: -3,0% | Itália: -3,3% | R. Checa: -3,4% |
Reino Unido: -3,4% | Portugal: -4,1% | Espanha: -6,8% |
Da análise dos dados anteriores, Portugal é o 2º país da OCDE com a maior queda económica face a 2019. Dos 38 países da OCDE, 24 já recuperaram da recessão económica originada pela pandemia do Coronavírus. A Irlanda apresenta o crescimento mais elevado de 21,9% face a 2019, seguida da Turquia (+11,0%) e a Estónia (+6,7%).
Portugal, em conjunto com mais 13 países, ainda não recuperou da recessão económica decorrente da pandemia.
O Produto Interno Bruto português estimado para 2021 está 4,1% abaixo do de 2019, de acordo com a OCDE, após uma queda de 8,4% em 2020 e de um crescimento de 4,8% em 2021. As previsões para 2022 apontam para um crescimento de 5,8%.
Razões para este constante atraso, o peso excessivo do estado na economia, a elevada carga fiscal, a visão de curto prazo de quem nos governa, a estrutura do nosso tecido empresarial, a formação dos nossos quadros, a baixa produtividade das empresas e trabalhadores, as condições e horários de trabalho, a baixa taxa de natalidade, o inverno demográfico.
Necessitamos definitivamente mudar o paradigma económico do nosso país.
Novamente para reflexão, citando John F. Kennedy:
“Não perguntes o que o teu país pode fazer por ti. Pergunta antes o que tu podes fazer pelo teu país.”
Bom Natal e um 2022 próspero!