ARTIGO DE OPINIÃO: A recuperação económica em Portugal: ponto de situação

19/12/2021 18:30

A pandemia do Coronavírus trouxe consigo uma recessão económica.

A totalidade dos países à escala global sofreu um forte abrandamento e arrefecimento económico.

Após o choque inicial do ano de 2020, em 2021 as economias mundiais começaram a recuperar. As populações retomaram gradualmente e dentro das possibilidades, os seus hábitos e consumos da era pré-COVID.

A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) revelou recentemente os dados relativos ao crescimento económico dos 38 países membros, no período de 2019 a 2021.

Irlanda: +21,9%Turquia: +11,0%Estónia: +6,7%Chile: +5,3%
Lituânia: +5,0%Luxemburgo: +4,6%Israel: +4,1%N. Zelândia: +3,5%
Noruega: +3,4%Coreia Sul: +3,1%Polónia: +2,6%Colômbia: +2,1%
EUA: +2,0%Dinamarca: +1,8%Hungria: +1,7%Eslovénia: +1,4%
Austrália: +1,3%Suécia: +1,3%Costa Rica: +0,7%Finlândia: +0,6%
Letónia: +0,5%Países Baixos: +0,4%Suíça: +0,3%OCDE: +0,3%
Bélgica: +0,3%Canadá: -0,8%Eslováquia: -1,3%França: -1,7%
Islândia: -1,8%Alemanha: -2,2%Japão: -2,8%México: -2,9%
Grécia: -3,0%Áustria: -3,0%Itália: -3,3%R. Checa: -3,4%
Reino Unido: -3,4%Portugal: -4,1%Espanha: -6,8%

Da análise dos dados anteriores, Portugal é o 2º país da OCDE com a maior queda económica face a 2019. Dos 38 países da OCDE, 24 já recuperaram da recessão económica originada pela pandemia do Coronavírus. A Irlanda apresenta o crescimento mais elevado de 21,9% face a 2019, seguida da Turquia (+11,0%) e a Estónia (+6,7%).

Portugal, em conjunto com mais 13 países, ainda não recuperou da recessão económica decorrente da pandemia.

O Produto Interno Bruto português estimado para 2021 está 4,1% abaixo do de 2019, de acordo com a OCDE, após uma queda de 8,4% em 2020 e de um crescimento de 4,8% em 2021. As previsões para 2022 apontam para um crescimento de 5,8%.

Razões para este constante atraso, o peso excessivo do estado na economia, a elevada carga fiscal, a visão de curto prazo de quem nos governa, a estrutura do nosso tecido empresarial, a formação dos nossos quadros, a baixa produtividade das empresas e trabalhadores, as condições e horários de trabalho, a baixa taxa de natalidade, o inverno demográfico.

Necessitamos definitivamente mudar o paradigma económico do nosso país.

Novamente para reflexão, citando John F. Kennedy:

“Não perguntes o que o teu país pode fazer por ti. Pergunta antes o que tu podes fazer pelo teu país.”

Bom Natal e um 2022 próspero!

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