O FINTA – Festival Internacional de Teatro ACERT regressa esta semana a Tondela para a sua 31.ª edição e, entre os dias 12 e 15 de novembro, vai transformar o Novo Ciclo ACERT num lugar de encontro e partilha entre artistas, público e comunidade, com uma programação que celebra a diversidade das artes cénicas e o papel do teatro como motor de escuta, identidade e proximidade.
Com nove espetáculos de quatro países e mais de duas dezenas de ações em quatro dias, o FINTA 2025 apresenta uma seleção que cruza teatro de texto, teatro físico, música, marionetas, novo circo e dança contemporânea oferecendo propostas para todas as idades e públicos. Espetáculos com envolvimento comunitário, criações para o público escolar, familiar e sénior.
Para Sandra Santos, atriz do Trigo Limpo teatro ACERT e coordenadora da programação do festival, a linha curatorial mantém-se fiel à identidade do FINTA ao apostar em «espetáculos nacionais e internacionais que sejam inspiradores e, simultaneamente, geradores de visões heterogéneas» procurando «projetos de novos criadores e projetos artísticos, de criadores já conhecidos. E alguns até da região em que estamos inseridos».
A abertura oficial do festival está marcada para quarta-feira, 12 de novembro, às 21h30, com a estreia absoluta de “Anoitecer”, uma criação da companhia Cem Palcos em coprodução com o Novo Ciclo ACERT que junta teatro e música a partir de testemunhos de pessoas imigrantes residentes em Portugal contando também com a participação de elementos da comunidade local de Tondela num espetáculo que parte da memória e da oralidade para falar de pertença, afeto e mudança.
Às 23h00 estreia-se “Inter Specula”, a primeira criação da bailarina e coreógrafa Verónica Ribafeita que reflete sobre o corpo, a imagem e a pressão social nas redes digitais, apresentada no âmbito da rubrica Santos da Casa, dedicada a artistas emergentes com ligação à ACERT.
Na quinta-feira, 13 de novembro, às 21h30, sobe ao palco “Une Histoire Vraie” da companhia portuguesa GATO SA, um espetáculo de teatro físico que acompanha a jornada de uma mulher em busca das suas origens mergulhando nas memórias da infância com grande expressividade corporal.
Mais tarde, às 23h00, o ator e clown canadiano Hugues Sarra-Bournet apresenta “Mario a un Incroyable Talent”, uma comédia visual que mistura magia, humor físico e improviso num jogo constante com o público que celebra a ingenuidade e a surpresa.
Na sexta-feira, 14 de novembro, às 21h30, será apresentado “Tudo Acontece Numa Segunda-feira de Manhã” do dramaturgo brasileiro Vinícius Piedade, uma peça que parte de uma entrevista de emprego para desmontar os mecanismos da precariedade laboral com uma linguagem provocadora e cheia de humor.
Às 23h00 o Bar ACERT acolhe “Parias”, uma criação do marionetista espanhol Javier Aranda, onde figuras marginalizadas ganham vida em palco através de mãos que contam histórias sem palavras, numa performance de grande sensibilidade e mestria técnica.
No sábado, 15 de novembro, às 16h30, “Sotobosque, a vida debaixo das árvores”, do coletivo espanhol Inspira Teatre, propõe um espetáculo sensorial para bebés e crianças a partir de 1 ano, que convida à descoberta do mundo natural através do som, da textura e da música.
À noite, às 21h30, a companhia D’Click apresenta “Latas”, um espetáculo de novo circo com humor, acrobacia e poesia visual sobre fragilidade e cumplicidade.
O festival termina às 23h00 com “Poemas Visuales” de Jordi Bertran. Um espetáculo de marionetas inspirado na obra de Joan Brossa onde letras se transformam em personagens ao som da guitarra e das canções.
Durante os quatro dias do festival, os Aperitivos Teatrais do artista Clown Enano acontecem às 21h00 no exterior da ACERT, preparando o ambiente para os espetáculos da noite e celebrando o encontro informal entre público e artistas.
Paralelamente, o mesmo artista leva o espetáculo “Pura Vida” a lares e instituições no concelho de Tondela no âmbito do FINTA Fora de Portas, garantindo que o teatro chegue também a quem já não se pode deslocar à ACERT.
A programação inclui ainda a inauguração da exposição “Fogo Sujo, Fogo Sujo (pouca terra, pouca terra)” da dupla de artistas Maria Miguel Pratas e Miguel Augusto Ribeiro que será apresentada no primeiro dia do festival às 18h00. Objetos escultóricos e sistemas áudio-sónicos que ativam experiências de escuta expandida a partir da relação entre som, tecnologia, corpo e território.
No dia 14 de novembro, às 18h00, realiza-se a conversa “Processos de escuta na escrita teatral” moderada por João Maria André, com a participação de Ricardo Correia, da companhia Casa da Esquina, e Fernando Giestas, da companhia Amarelo Silvestre seguindo-se, às 19h15, o lançamento de dois novos Cadernos de Teatro que se juntam aos já editados em anos anteriores no âmbito do FINTA com destaque para os textos “Duas histórias de solidão, Duas histórias a sós”, de Pompeu José, a partir de “O avesso e o Direito”, de Eduarda Dionísio, “O mal de Ortov”, de Jaime Rocha, e “Andar nas Nuvens”, de Rui Martins a partir da obra de Mário Lamo-Jiménez.
Já no dia 15 de novembro, das 10h00 às 16h00, decorre a formação“Como começar…” sobre a consciência do corpo do ator em ação orientada por Claire Binyon, professora da ESMAE – Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo destinada a profissionais, estudantes e amadores de teatro ou dança com mais de 16 anos.
Os bilhetes para o FINTA estão disponíveis em acert.bol.pt e na bilheteira física da ACERT.















