Situado na sub-região do Douro, o concelho de Tabuaço tem uma área total de 133,86 km2 e, em 2023, segundo dados dos INE, 5 052 habitantes. No seu território, a norte do distrito de Viseu encontram-se as Uniões de Freguesia de Barcos e Santa Leocádia; Paradela e Granjinha; Pinheiros e Vale de Figueira; e Távora e Pereiro; e, ainda, as Freguesias de Adorigo, Arcos, Chavães, Desejosa, Granja do Tedo, Longa, Sendim, Tabuaço e Valença do Douro.
Sem um rosto feminino na corrida, na linha de partida perfilam-se quatro candidatos: Leandro Macedo, da coligação PPD/PSD.CDS–PP; José João Patrício, do PS; David Gomes, do CHEGA; e Delfim Moutinho, da CDU.
Licenciado em Gestão e atual presidente da Assembleia Municipal, Leandro Macedo, com 45 anos, é a cara da coligação PPD/PSD.CDS–PP, em substituição do edil Carlos Carvalho, que cumpre o terceiro e último mandato. Com “confiança no futuro”, o responsável financeiro quer ver Tabuaço crescer com “mais coesão, competitividade e ambição”. A concorrer pela primeira vez à presidência, o seu plano governativo prioriza a atração de investimento privado e estímulo ao empreendedorismo local, com foco na fixação de empresas, diversificação e criação de emprego; o apoio ao setor agrícola e florestal, com canais de escoamento e ligação ao turismo, indústria e retalho; e a requalificação da rede viária e das infraestruturas urbanas, com foco especial na EN222, o IC26 e a ligação à A24. Outras diretrizes passam pela melhoria dos serviços de água, saneamento, resíduos e equipamentos públicos; fortalecimento dos recursos escolares e da oferta formativa para os jovens; respostas integradas e de proximidade em Saúde, Ação Social e Proteção Civil; valorização do Turismo, da Cultura e do Património, com aproveitamento da posição de destaque na região demarcada do Douro, ainda através de apoio aos agentes locais e uma agenda cultural vibrante.
José João Patrício, de 58 anos, é o candidato independente, com o apoio do PS, na corrida autárquica. O antigo presidente da Junta de Freguesia de Sendim e vice-presidente da Câmara de Tabuaço, entre 2009 e 2013, acredita que uma nova liderança, com “um novo projeto político com mais determinação e ambição”, trará “novas dinâmicas à gestão, organização e funcionamento do município”. Para o professor de matemática, o combate à estagnação passa por intervenções nas áreas das acessibilidades, economia e educação. Medidas como melhoria na organização e gestão financeira do município; criação de um gabinete de apoio ao investimento; melhor aproveitamento dos fundos comunitários; e modernização de estabelecimentos de ensino são linhas mestras do seu projeto político. Outros eixos incluem ainda mudanças nos programas virados para a agricultura, o turismo e o associativismo.
Presidente da Assembleia de Freguesia de Arcos, eleito numa lista independente, David Gomes é o primeiro da lista do CHEGA. A valorização da economia local, do turismo e de políticas de proximidade são os chavões do discurso. Com formação em informática, assessoria e comunicação, o candidato defende que as medidas devem ser mais adequadas às reais necessidades da população, com as políticas sociais a serem especialmente direcionadas a idosos, pessoas com incapacidade e famílias trabalhadoras. Combater a fraude e o uso indevido de fundos, captar investimento e atrair e fixar pessoas também constam no programa de direita.
Engenheiro agrónomo, de 62 anos, Delfim Moutinho volta, pela quarta vez consecutiva, a encabeçar a lista da Coligação Democrática Unitária, formada pelo Partido Comunista Português e pelo Partido Ecologista “Os Verdes” às autárquicas em Tabuaço. As mesmas forças políticas obtiveram, há quatro anos, os seguintes resultados: PPD/PSD.CDS–PP, 69,86%; PS, 18,60%; CHEGA, 4,43%; e CDU, 0,90%, com 2 318, 617, 147 e 30 votos, respetivamente.
