O Município de São Pedro do Sul, situado na região de Lafões do distrito de Viseu, com uma área de 348,95 km² e 15 197 habitantes em 2023, segundo o INE, subdivide-se em quatro Uniões de Freguesias – Carvalhais e Candal, Santa Cruz da Trapa e São Cristóvão de Lafões, São Martinho das Moitas e Covas do Rio, e São Pedro do Sul, Várzea e Baiões – e 10 freguesias – Bordonhos, Figueiredo de Alva, Manhouce, Pindelo dos Milagres, Pinho, São Félix, Serrazes, Sul, Valadares e Vila Maior.
Na capital do termalismo, na corrida à sucessão de Vítor Figueiredo estão Pedro Mouro, pelo PS; António Martins, pelo PPD/PSD; O CDS-PP avança com Cristiano Paiva e o CHEGA com Luís Paiva. A lista de cinco fica completa com João Carlos Gralheiro, da CDU.
Vítor Figueiredo deixa a liderança ao fim de três mandatos consecutivos e o testemunho socialista vai ser agora transportado pelo seu segundo. Na embarcação da vice-presidência ao longo de 12 anos, Pedro Mouro quer assumir o leme e dar continuidade ao programa em São Pedro do Sul, não deixando também de imprimir o seu cunho pessoal no projeto político dos próximos quatro anos. Com foco num salto qualitativo, as prioridades do candidato giram em torno da mobilidade, tecnologia e ensino superior, do turismo e da habitação. Aos 48 anos, o economista apresenta o seu programa com “experiência, competência e ação”, centrado na implementação de uma rede de transportes públicos urbanos; na concretização da ligação Termas – Vouzela; e na criação de um Plano Estratégico para a Floresta.
Professor de Educação Física, natural e Tábua, mas estabelecido em São Pedro do Sul há 20 anos, António Luís Martins é o cabeça de lista do PSD. Com a lição estudada, o diretor do Agrupamento de Escolas de Santa Cruz da Trapa quer ser a alternativa ao projeto socialista e recuperar a confiança do eleitorado laranja. O novo rumo passará pela participação das diversas associações, pela criação de uma marca turística São Pedro do Sul forte, pela atração de investimento e criação de emprego com a aposta a ser feita também nos parques industriais e nas acessibilidades.
A escolha da CDU – Coligação Democrática Unitária (PCP/PEV) recaiu em João Carlos Gralheiro, que, aos 66 anos, volta a entrar na corrida à presidência da Câmara Municipal, depois de o ter feito em 2000. O advogado esteve ainda presente nas listas de 2017 e 2021, como candidato à Assembleia Municipal. A sua atuação parlamentar municipal tem relevado as causas locais, das freguesias e dos serviços públicos. O foco passa por arrendamento urbano acessível, apoio a cooperativas de habitação e a projetos de reabilitação, melhorias nas vias de comunicação entre os concelhos de Lafões e nos horários dos transportes públicos. Valorizar as pessoas acima dos interesses económicos e apostar em projetos que alavanquem a coesão social e territorial são eixos fundamentais do seu programa.
Ausente da última votação autárquica, o CDS-PP volta à cena política com Cristiano Paiva. Formado em Engenharia, aos 47 anos, o presidente da Cassepedro – Cooperativa Agropecuária de São Pedro do Sul quer levante avante no concelho um projeto de desenvolvimento inovador e sustentável. Desde jovem ligado ao movimento associativo e cooperativo local, o candidato traça algumas linhas força do seu projeto, direcionadas para a Saúde e Bem-Estar; Educação; Economia, Indústria, Fiscalidade e Inovação; Serviços Públicos e Comunidade; e Infraestruturas e Mobilidade. Neste leque incluem-se, por exemplo, a criação de um pólo universitário; a organização da FICAL – Feira Industrial, Comercial e Agrícola de Lafões; o apoio à sanidade animal; a redução de impostos para famílias e empresários; e apoio à reabilitação de casas devolutas.
O empresário Luís Paiva foi a aposta do CHEGA para fazer frente à governação socialista. Com um percurso de vida marcado pela necessidade de emigração para o Luxemburgo, o candidato advoga uma nova forma de fazer política. O foco do seu programa está na criação de oportunidades para fixar os jovens, melhoria do apoio e qualidade de vida dos idosos, efetivação de um plano eficaz de prevenção e combate a incêndios. Ao nível da habitação, o candidato quer uma alteração do PDM e redução da burocracia, aumentando a disponibilidade de casas para jovens e famílias. Extinção do IMI e redução do IVA são outras balizas. Seguidor da visão de André Ventura desde 2019, é nas políticas de direita e numa liderança corajosa que o candidato vê a solução para o futuro do concelho, com a transformação do potencial em oportunidades.
Nas eleições autárquicas de 2021, o PS consegui a maioria de 56,61%, com 5 988 votos, e cinco mandatos. Os restantes dois vereadores foram conseguidos pelo PPD/PSD, que alcançou 32,36% e 3 251 votos. O CHEGA, em terceiro, somou 251 votos (2,5%) e a CDU, 178 (1,77%).