A nova temporada do Teatro Viriato, que iniciou no dia 9 de setembro, traz ao público várias atividades, distribuídas por vários sítios, para promover a proximidade com o público.
“Tatabitato”, de Ana Bento e Bruno Pinto, estreia a programação, numa atividade destinada “às famílias onde os músicos propõem aos mais novos a música como um encontro e instrumento de construção de felicidade para a vida”. Já de 16 a 22 de setembro, a exposição “(Não) Lugar”, de Carlos Fernandes trará ao Teatro Viriato o detalhe dos gestos humanos. “As leis fundamentais da estupidez humana”, com encenação de João de Brito, sobe ao palco no dia 16 de setembro, e pretende provocar uma reflexão sobre “os nossos tempos e sobre o maior dos nossos inimigos, a estupidez”.
“Chá das Cinco – Peça para quatro amigas mais uma que nunca mais chega” é a primeira peça desta temporada que acontece fora das portas do Teatro Viriato. Com encenação marcada para o dia 23 de setembro, no Parque Urbano de Santiago, este circo contemporâneo é destinado às famílias. Ainda em setembro, entre os dias 27 e 30, o teatro vai às creches e infantários de Viseu com “OVO”, um espetáculo de dança dedicado a bebés e crianças dos 6 meses até aos 5 anos. Setembro encerra com “Concerto nº 1 para Laura”, no dia 29, de Sílvia Real.
O mês de outubro começa com “Museu do Falso – T-232”, da Projeto Património/Memória Comum – associação, onde “o Museu do Falso irá apresentar a excecional alter-Historiografia humana e física de um novo objeto, à semelhança do processo desenvolvido com o Teatro Viriato na primeira temporada de 2023”. Mantendo a aposta numa programação que inclua públicos mais novos, surge a peça “Espanto”, de Ana Madureira e Vahan Kerovpyan, que será apresentada nos dias 5 e 6 de outubro. Já no dia 7, a música será o destaque com o espetáculo “Cucina Povera”.
A partir do dia 10 de outubro, o “Vista Curta” do Cine Clube de Viseu, regressa ao Teatro Viriato com várias propostas de filmes com música ao vivo e projetos pedagógicos: o filme “Super Natural”, de Jorge Jácome, cine-concerto de “Nanook, o Esquimó”, e a oficina de música “Tatabitato”.
20 de outubro marca a data em que sobe ao palco “Bantu”, um espetáculo de dança de Vitor Hugo Pontes. “Antiprincesas: Juana Azurduy”, de Claudia Gaiolas, terá lugar no dia 27 e 28 de outubro. O mês termina com o concerto intimista “Lágrimas no Mar” de Arnaldo Antunes e Vitor Araújo.
Novembro fica marcado pela estreia da peça “A Missão”, encenada pela companhia Teatro da Cidade, e por uma noite onde será possível assistir a dois concertos: “Goela Hiante”, de Adolfo Luxúria Canibal e Marta Abreu, e Solar Corona”, de Elektrischine Maschine. Em dezembro haverá outra peça em estreia, intitulada “Sophia”, baseada em textos de Sophia de Mello Breyner.
Henrique Amoedo, diretor artístico do Teatro Viriato, explica que tem sido feito «um trabalho importante de formação de públicos na cidade, durante os últimos 25 anos e esse trabalho tem de voltar a ser feito. A população mudou, os interesses dessa população mudaram, a oferta mudou, e o teatro tem de perceber isso e mudar também. Esta programação tão centrada nas crianças, nos jovens, uma programação que vai à escola, aos infantários, que vai ao encontro das pessoas na rua, também ajuda a esse contacto e ajuda as pessoas a perceberem que o Teatro existe e é para todos.”
A inclusão e a acessibilidade continuam a ter destaque, com a adoção do método “Leitura fácil”, cujo objetivo é permitir que pessoas com deficiência intelectual consigam perceber o que se passa na peça ou filme a que estão a assistir.
O “K CENA – Projeto Lusófono de Teatro Jovem” irá regressar ao Teatro Viriato, desta vez com um novo formato. Nesta edição, “os formandos são orientados em sessões pontuais com vários artistas de diversas áreas das artes do espetáculo”.
O programa de residências de criação “mi casa tu casa” irá também receber sete iniciativas.
Entre setembro e dezembro estão programas cerca de 30 iniciativas, ligadas a várias áreas como dança, teatro, literatura, cinema, circo, fotografia, performance e música.
