A 12ª edição da Mostra de Dança “New Age, New Time” continua a ser destaque no Teatro Viriato, nesta reta final do primeiro mês de 2024.
No dia 25 de janeiro, a sessão de cinema “Ema”, do chileno Pablo Larraín, é exibido a partir das 21h00. Um filme que acompanha uma odisseia de libertação da personagem principal, que está a passar por uma mudança radical de vida, devido a um acidente com o filho e um consequente casamento em crise. Centrado na sinuosa e eletrificante arte da dança reggaeton, “Ema” é um retrato de uma jovem em chamas, a história de um temperamento artístico obrigado a lutar contra a pressão da sociedade e a necessidade de se conformar.
Já no dia 27 de janeiro, pelas 21h00, Flora Détraz regressa ao Teatro Viriato com “HURLULA”, um projeto baseado no ato de gritar. Entre a dança e a música, “HURLULA” é uma performance sob a forma de um concerto-trio coreografado, que propõe uma peregrinação emocional nas profundezas de um corpo humano. Uma peça intimista, extática e lunar. Um impulso libertador das algemas da beleza e do decoro feminino.
Na segunda-feira, 29 de janeiro, das 19h00 às 21h00, “Radical Softness” descreve a posição de Cristina Planas Leitão no mundo e no modo como participa nele e em tudo o que faz. Parte da premissa de que o pessoal é político e que a arte, mesmo que queiramos, não é política o suficiente. Este workshop proporciona uma pesquisa artística individual que não se baseia em formas, fórmulas ou convenções, mas em vez disso parte do que é necessário, para nos manifestarmos individualmente e criativamente no mundo. É estruturado através da transmissão de experiências sob a forma de questões.
Por fim, a 31 de janeiro, às 21h00, poderá assistir ao espetáculo “[O SISTEMA]”, de Cristina Planas Leitão. Uma peça sobre um antes e um depois e é sobretudo uma reflexão que parte de um sistema que não nos serve. Trata um qualquer sistema como uma pedra que é preciso partir, como um minério que é necessário extrair, como um diamante em bruto que é necessário lapidar, como um cristal permeável à luz. “[O SISTEMA]” explora a solidariedade gerada a partir do trabalho coletivo e aborda a própria noção de labor, de labuta como gerador da ação, do movimento.