Alunos do 3.º ciclo do Agrupamento de Escolas de Mortágua assistiram, esta quarta-feira, 17 de abril, à apresentação do projeto “Stop Discriminação”, concebido a partir do livro homónimo, uma parceria entre a Betweien e o músico Héber Marques, vocalista dos HMB.
A ação foi dinamizada pelo projeto municipal “Da Escola, Agarra a Vida”, em articulação com os Serviços de Psicologia e Orientação e Equipa Multidisciplinar de Apoio à Educação Inclusiva, do Agrupamento de Escolas, na linha de outras ações que têm sido promovidas sobre a temática da inclusão.
“Stop Discriminação” é um projeto pedagógico de promoção do interculturalismo que visa capacitar e dotar os jovens de ferramentas de diagnóstico e prevenção de atitudes e comportamentos discriminatórios, em função da etnia e da nacionalidade. Aborda temas como a discriminação étnica, o diálogo intercultural e o discurso de ódio, inclui três temas originais musicados pelo Héber Marques, e uma peça de teatro, que é a adaptação das histórias do livro ao teatro.
O projeto desenvolve-se através de uma conversa na qual o músico responde a várias questões relacionadas com as histórias e os temas tratados no livro, das músicas criadas para cada história, de uma pequena peça de teatro sobre ser migrante. Os alunos foram desafiados a participar num “quizz” sobre migração e a interagir na conversa, com o objetivo de ouvir as suas opiniões e o que pensam sobre a migração e outras culturas.
Pretende-se sensibilizar os jovens para a importância de combater a xenofobia, o racismo, a discriminação, e transmitir a mensagem de que a ignorância, o preconceito e o medo do desconhecido, são barreiras ao conhecimento do outro, à integração, à cooperação e ao interculturalismo. De que não se deve julgar ou estigmatizar apenas porque é estrangeiro, de outra cultura, etnia ou religião, e que é necessário “calçar os sapatos do outro”, colocar-se no seu lugar, para compreender as suas emoções, sentimentos e ações. E que, o encontro e a partilha de culturas, a diversidade cultural, enriquecem uma sociedade e representam uma mais-valia na vida coletiva dos povos e nações.
O projeto conta, desde o seu lançamento, com a parceria do Conselho Português para os Refugiados (CPR).
Héber Marques referiu que «a música e a arte em geral são uma ferramenta diferente e eficaz para sensibilizar os jovens para a tolerância e a convivência com outras culturas e etnias». Segundo o músico, «o ser humano tende a rejeitar o que não conhece, é um certo mecanismo de defesa», e afirmou que «é preciso desmistificar alguns estigmas e preconceitos fazendo perceber que podemos ser diferentes na cor da pele, na Língua que falamos, na religião que seguimos, mas essencialmente somos seres humanos e temos muito mais semelhanças entre nós do que diferenças».