ARTIGO DE OPINIÃO: Unidos pela Saúde -Superando Obstáculos para um Amanhã Mais Saudável

15/02/2024 18:30

O panorama da saúde enfrenta diversos desafios que exigem soluções inovadoras e colaborativas. O envelhecimento da população, o aumento das doenças crónicas e as desigualdades no acesso à saúde são alguns dos principais obstáculos que impactam os sistemas de saúde em Portugal e, sobretudo, o interior.

A escassez de profissionais de saúde, especialmente em áreas remotas, limita o acesso à atenção médica e exige investimentos em formação e retenção de talentos. Também o surgimento de novas doenças infecciosas, como a COVID-19, demonstra a necessidade de fortalecer a vigilância epidemiológica, pesquisa e desenvolvimento de vacinas e tratamentos eficazes, dado que as alterações climáticas também representam um desafio crescente para a saúde pública, com o aumento de doenças zoonóticas transmitidas por mosquitos e eventos climáticos extremos. A resistência a medicamentos gerada também pela ingestão de animais que sempre receberam substâncias como Brufen e Paracetamol, por outro lado, exige o desenvolvimento de novos antibióticos, a promoção do uso racional dos existentes e a limitação dos medicamentos dados aos animais.

A crescente sensibilidade sobre a importância da saúde mental impõe também a necessidade de ampliar o acesso a serviços especializados e combater o estigma social.

Em Viseu, capital de Distrito, foram-nos removidas as Urgências noturnas, sendo que quem mora agora em zonas isoladas agora demora ainda mais tempo a receber pronta ajuda médica, tendo de ser levados de urgência para o Centro Hospitalar de Coimbra. Pacientes com deficiências auditivas continuam a não ser tidos em conta, havendo televisores, mas nenhuma chamada por escrito para que se possam apoiar, sendo responsabilidade de pessoas voluntárias chamar o nome de pacientes, ouçam ou não. Há quem tenha sido diagnosticado com gastroenterite e mandado para casa, quando na verdade precisava de ser operado de urgência com apendicite. Pessoas que cuidam de idosos com doenças como Alzheimer, demência, são obrigadas a ficar à espera no exterior, podendo contar com notícias sobre os seus familiares uma vez a cada duas horas (quem tem ou já teve familiares com estas patologias na família, saberá que estas pessoas nem sempre conseguem transmitir informações corretamente, assim como a falta de presença de acompanhantes impede a correta transmissão de informações entre pacientes e profissionais da saúde, podendo colocar em risco a vida de quem precisa de acompanhamento médico).

A sustentabilidade dos sistemas de saúde é um desafio constante, e em Viseu não vivemos exceção. É por isso que precisamos de apostar mais nas condições laborais de profissionais de saúde e na sua atratividade para as regiões mais isoladas.

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