Antes de me debruçar sobre a obra que tenciono encenar, a minha preocupação incide em compreendê-la profundamente, mergulhar na sua temática, nos personagens, nos diálogos e obviamente no seu contexto histórico. Só depois a parte da equipa emerge e ela é essencial tal como a capacidade de colaborar de perto com os cenógrafos, figurinistas, iluminadores e outros membros da equipa para que juntos seja possível criar uma visão unificada para a produção, passando-lhes a visão concreta do sonho a materializar nas tábuas.
Depois os actores e a ajuda na construção de personagens sólidos, por vezes complexos e autênticos tal como cada um de nós na vida real explorando as motivações, os conflitos internos e os objetivos de cada personagem para serem capazes de criar interpretações credíveis.
A direção de cena, a direção de atores o design de produção – luz, som, figurinos, a criação de uma estética visual que conte eficazmente a história são missão essencial do encenador…mas isso daria uma outra crónica. Por ultimo a paixão: O teatro é uma forma de arte que exige paixão e dedicação. Passar essa paixão a todos os envolvidos é algo de muito importante para um desempenho eficaz. Como escreveu S.Tomás de Aquino: “Nenhum homem possui verdadeiramente a alegria, a menos que viva apaixonado.”