Os dois termos têm tido mais espaço no vocabulário atual (o que é um ótimo sinal de evolução do conhecimento sobre saúde mental), no entanto, têm sido usados como sinónimos, quando na verdade representam dois tipos de crises distintas.
Quando se manifestam, ambas as crises enviam mensagens ao sistema nervoso que ativam o instinto bioloógico de “fight or flight”, responsável pelas respostas de luta, fuga ou congelamento, que ocorrem quando enfrentamos uma ameaça ou situação perigosa.
Ambas também normalmente acontecem perante situações que não apresentam uma ameaça real à nossa sobrevivência, segurança ou bem-estar individual. No entanto, para a pessoa ansiosa ou em pânico, elas são sentidas como extremamente intimidantes e assustadoras.
Assim sendo, as principais diferenças entre a crise de ansiedade e de pânico estão na causa e na forma como os sintomas são percebidos. Enquanto que a crise de ansiedade surge após um período de preocupação excessiva devido a um evento/situação específica, a crise de pânico surge de forma espontânea. Os sintomas das crises de ansiedade são tipicamente menos intensos que os das crises de pânico, no entanto mais duradouros, enquanto que as crises de pânico são mais intensas, mas mais breves.
Os sintomas das duas crises passam por arritmias, suores e arrepios, tonturas, sensação grande de medo, irritabilidade, preocupação, dores musculares, dormências em várias partes do corpo, dificuldade em respirar, desconforto no sistema digestivo, entre outros. Nas crises de pânico, os sintomas são mais intensos, dando por vezes a sensação de perda de controlo e medo intenso de morrer. Outro sintoma é a despersonalização, quando ocorre a sensação de que a pessoa não está conectada ao seu corpo ou ao que a rodeia.
Após ambas as crises, muitas pessoas se sentem extremamente esgotadas física e psicologicamente.
Quando os sintomas são percebidos, a primeira coisa a fazer é procurar um médico para perceber se existe alguma razão física para o sucedido. Após certeza de que se encontra saudável fisicamente, o acompanhamento por um profissional de saúde mental é essencial para o tratamento.
