Nas minhas andanças pelos caminhos do movimento “confrádico” gastronómico conheci um Homem singular, ao mesmo tempo sensível e severo, humanista e construto de sonhos para ajudar a iluminar o mundo. Foi um dos criadores da Confraria da Lampreia de Penacova, seu refúgio de eleição, onde muito escreve para o jornal local mas também muitos dos seus poemas.
Luís Pais Amante (um amante da boa cozinha, da natureza e da família) apresentou recentemente em Penacova o seu Hino à Liberdade, em vésperas de celebração dos 50 anos de Abril. O livro intitula-se “A LIBERDADE actual”, em Poesias e Opiniões.
Por entre várias opiniões entendidas, algumas realçam que “ este livro e estes poemas representam a alma de quem sabe amar e esperar, que protege e que cuida com paixão”, “um selo da responsabilidade social”.
Luís Amante, o Poeta da Casa Azul, apresenta-nos nesta obra um conjunto de crónicas e muitos Poemas de reflexões sobre os tempos atuais, aqui e lá fora, num “livro autêntico” como ele sublinha na “Nota de Autor” que abre o livro, porque expressa as reações aos acontecimentos, nomeadamente o pós invasão da Ucrânia pela Rússia, e diferentes reflexões em verso sobre a Liberdade (Que Liberdade?!), “a de ser livre de”… a de “ser livre para”… ou a de “ser livre para ser”, como liberdade não apenas para fazermos o que queremos, mas para sermos quem termos que ser!
Na apresentação do livro assistimos a momentos de enternecedora paixão pela família, da emocionante partilha de emoções de amigos e confrades, momentos de Cultura e Artes que se conjugam na alma do poeta para a construção do seu mundo de vivencias em Liberdade criativa.
Ser livre tem que ser… para Ser, numa voz clara e direta em versos límpidos contra o OPORTUNISMO, a INSENSATIEZ e a INCOMPETÊNCIA políticas e administrativas do nosso tempo, que tolhem e adulteram esta Liberdade conquistada em 1974, necessidade de lembrança dos desvios à opinião livre, as hemorragias ao pensamento crítico, porque “todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão”, como encontramos bem claro no artigo 19.º da declaração Universal dos Direitos Humanos.
Em tempos de ressurgimento de ideologias perigosas para o exercício da Liberdade, que atentam contra o direito à livre expressão e criatividade, o Poeta alerta e critica em seus versos límpidos e altruístas, recordando e apontando o dedo, alimentando essa voracidade inquieta e criativa por um Portugal Livre e Democrático,
“Se estiveres, hoje, bem-disposta
Liberdade,
Deixa-me escrever para ti, sozinha
Contar-te como anda a nossa vidinha
Aqui por baixo
E a sua qualidade…
Luís Pais Amante nasceu na Vila de Penacova a 15 de Janeiro de 1954 e reside em Lisboa desde 1973. É licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa; Pós -graduado, Advogado e Gestor; também é diplomado pelo MCE (Management Center Europe) em Bruges, entre outros. No ano 2000 mereceu referência destacada no “International Who’s Who of Professionals”. Em 2012, sua mulher Ana, publica, em ediçºao de autor Poemas a Recordar. Os livros editados para o mercado foram Conexões (2016), Reflexos(2017) e Poesia [das Circustâncias] do Tempo (2018).~O livro Penacova Intemporal (2021) – cujos Direitos de Autor doou ao Município de Penacova- foi lançado na Feira do Livro de Lisboa (2023). Com a Calçada das Letras (2021) foi publicado o Livro Poesia e Pensamento em Tempo de Inquietude, com lançamento, também na Feira do Livro de Lisboa (2022). Em 2019 participou na Colectânea de Poesia “Conversos”. Também tem participado em activiades e Tertúlias de Poesia, como a de “Pérgola Raúl Lino”, em Penacova, o Encontro de Autores Regionais “Vale a Pena”, em Tarouca ou as “Sainhas em Poesa”, em Vagos.