A pandemia veio quebrar um ciclo crescente no que toca a sessões de teatro. Em 2019 houve mais de 13 500 sessões de teatro em Portugal, o número mais alto de sempre. E só não foi o ano com mais espectadores, 2 190 (em 2019), porque houve mais em 2016 (2 497) e 2017 (2 513). Comparativamente, segundo o Instituto Nacional de Estatística, em 1960, o número de sessões foi de 2 828, com 1 153 espectadores.
Apesar do fraco investimento e das fracas condições com que a maior parte dos artistas ainda trabalha. São vários os grupos que se têm destacado na cena contemporânea portuguesa: Casa Conveniente (Lisboa); Teatro Praga (Lisboa); TIL – Teatro Infantil de Lisboa; Cão Solteiro (Lisboa); Teatro Nova Europa; Visões Úteis; As Boas Raparigas (Coimbra); Teatro da Garagem; Teatro Meridional (Lisboa); Sensurround; Assédio; A Escola da Noite (Coimbra); Escola de Mulheres (Lisboa); Teatro Art’Imagem; Teatro Carnide; e Cassefaz.
Esses grupos têm renovado um panorama que até a década de 1990 era ainda dominado pelos encenadores carismáticos dos grupos independentes da década de 1970, como Luís Miguel Cintra (Teatro da Cornucópia), Carlos Avilez (Teatro Experimental de Cascais), João Mota (Comuna – Teatro de Pesquisa), Jorge Silva Melo (Artistas Unidos), Maria do Céu Guerra (Teatro A Barraca), Mário Barradas (CENDREV – Centro Dramático de Évora) e Joaquim Benite (Companhia de Teatro de Almada) que são ainda detentores da maior parte dos subsídios atribuídos pelo Ministério da Cultura.
Destaca-se ainda as companhias de teatro que desenvolvem um trabalho de itinerância por todo o território do país, como são os casos: Teatro ACERT (Tondela); Teatro da Serra do Montemuro (Castro Daire); Urze-Teatro (Vila Real); Teatro das Beiras (Covilhã); Este – Estação Teatral da Beira Interior (Fundão); Entretanto Teatro (Valongo).